artista transdisciplinar, que utiliza arte e tecnologias para desafiar o status quo de maneira lúdica, poética, política e informativa.

para Thays, arte e ativismo se fundem em obras que fomentam reflexões, consciência e pensamento crítico. seu processo é experimental e intuitivo, com muita pesquisa, garimpo e coleta de materiais. o ateliê tem um acervo de bugigangas com postais e recortes de jornais e revistas antigos, objetos do cotidiano, comprados e reutilizados, restos de embalagens, vidros quebrados, materiais descartados em construções e ultimamente até materiais orgânicos como casca de palmeira, coletadas de seu jardim. tudo pode virar obra em suas mãos, que circulam entre arte conceitual, abstrata, urbana, gráfica e o que for necessário para se expressar. 

autodidata, compõe sua própria grade curricular com uma infinidade de cursos livres, tendo uma autoformação artística contínua. alguns de seus interesses de pesquisa são intersecções entre arte e tecnologias, arte indígena contemporânea, arte-educação, curadoria e mercado de arte.

nascida em Itapetininga, a artista se mudou para estudar comunicação social em São Paulo com 18 anos, e acabou ficando mais de 24 por lá. com uma passada rápida em Londres por 1 ano, onde pode cursar especialização em design gráfico, teve a oportunidade de frequentar um curso livre de arte abstrata durante alguns meses. anos depois, cursou pós-graduação em design gráfico no senac-sp, tendo seu objeto de pesquisa o design sensorial, produzindo um livro-objeto. 

sua carreira começou no design gráfico, passou por direção de criação e foi para o empreendedorismo. nesse período, teve uma agência de design experimental, duas de criação e fundou uma empresa que produzia jogos educativos. retornou para Itapê em 2020, com seus dois filhos, e no segundo semestre de 2022 reviu a rota e decidiu seguir profissionalmente como artista visual. desde então, foi selecionada para 9 exposições coletivas e produziu duas individuais. seu projeto para circulação da expo “desIGUAL” estará no FAMA Museu em Itu, na Pinacoteca de Jundiaí e no Museu Paulo Setúbal em Tatuí, no primeiro semestre de 2024.

outra frente que atua é como produtora cultural, criando experiências como exposições imersivas e ações educativas como jogos analógicos, sempre abordando suas causas ativistas. um desses projetos foi o resgate da memória de Anésia Pinheiro Machado, uma aviadora que morou muitos anos em Itapetininga, que a artista descobriu no cinema por acaso. com uma trajetória de vida de muita influência e êxitos, pouco se sabia dela. essa inquietação leva Thays a produzir uma semana de sessões de cinema gratuitas em sua cidade, convidando a diretora do filme e a família da aviadora para serem homenageadas.
foi o acaso novamente que levou a artista a descobrir sobre Regina Gomide em um curso online durante a pandemia. a professora estava citando mulheres que foram importantes para o movimento modernista tanto quanto a Tarsila do Amaral, e que foram apagadas da história. sim, novamente uma conterrânea em situação de invisibilização. a artista fez questão de criar uma obra para sua exposição no centro cultural da cidade, apresentando a pauta.

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