Arte e ativismo se fundem nas produções de Thays Leonel. A artista visual carrega em sua trajetória uma bagagem de pesquisa e experimentações que permite uma produção transdisciplinar lúdica, poética, política e informativa.
Contemplada pelo ProAC-SP de 2023 (Programa de Ação Cultural de São Paulo) para circulação de exposição, a mostra desIGUAL, de Thays, atravessa a existência das mulheres e suas interseccções. Abordando sua histórica invisibilidade, as tornam visíveis.
O cotidiano do cuidado, a solidão da maternidade, a exaustão de uma constante objetivação do corpo expõem feridas que se originam de violências estruturais latentes. desIGUAL atinge o público como um protesto, uma voz não mais despercebida em meio às vivências tão silenciadas pelo patriarcado.
A artista expõe dados brasileiros como:
- quantidade de estupros e feminicídios no país
- representatividade no congresso, senado e outros cargos públicos
- número de crianças registradas no Brasil sem o nome do pai
- porcentagem que o trabalho feminino não remunerado equivale no PIB
- quantidade de estupros e feminicídios no país
- representatividade no congresso, senado e outros cargos públicos
- número de crianças registradas no Brasil sem o nome do pai
- porcentagem que o trabalho feminino não remunerado equivale no PIB
Com curadoria de Giovanna Trevelin, a exposição tem intenção de tornar pública a identificação das mulheres como um corpo social oprimido, que está em constante processo de resistência e sobrevivência.
As obras fomentam sensações e reflexões, funcionando também como uma semente de transformação cultural. O que fica, é um convite à inquietação.